segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

VENCENDO O GIGANTE DA MALEDICÊNCIA


Vencendo o gigante da maledicência
Texto: Tiago 4:11,12


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Você acha que falar mal dos outros pode transformar-se num hábito? Há algum problema nisso?

- A maioria dos problemas enfrentados numa comunidade tem a ver com a maledicência.

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O ser humano é a única criatura com a capacidade de articular as pala­vras. Ele se comunica através da fala. Isto é uma bênção! Contudo, o que é bênção pode transformar-se em maldição. Depende do uso.

- Um estudo mais acurado mostrará, com clareza, a intensidade do ensino das Escrituras quanto a esta questão.

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Uma advertência seríssima vem do próprio Senhor Jesus Cristo, no Sermão da Montanha (Mt 5.21,22).

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É preciso ter cuidado com a maledicência?



- A Bíblia afirma que, se alguém consegue controlar sua língua, consegue controlar todas as outras partes de sua perso­nalidade (Tiago 3.2).
Breve Análise do Texto

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O texto de Tiago pode ser entendido, basicamente, como uma divisão inde­pendente, sem muita ligação com o seu contexto. Porém, estes versículos re­tomam um dos temas preferidos de Tiago (1.19,26; 3.1 -12).

- Parece que Levítico 19.16 – "
Não andarás como mexeriqueiro entre o teu povo; não atentarás contra a vida do teu próximo. Eu sou o Senhor" – está na mente de Tiago.

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O texto é claro e a justificativa de Tiago para condenar a maledicência tam­bém o é: falar mal (julgar) de um irmão é falar mal (julgar) da lei.



- Esta é a tônica do versículo 11. 0 versículo 12 mostra que julgar é tarefa de Deus, não nossa. Nós não somos nem o Legislador, nem o Juiz; por isso, não temos nem o direito e nem a capacidade de julgar ou falar mal de quem quer que seja.
Tópicos para Reflexão
1. AMALEDICENCIA É PROIBIDA

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Nem sempre pensamos em maledicência como algo proibido na Lei (Lv 19.11,16). Nos Salmos (SI 34.13), nos profetas (Zc 8.16,17), nos evangelhos (Mt 5.22), nas epístolas (Et 4.25,29; Tg 3.1-12) encontramos orienta­ções, admoestações e proibições quanto à maledicência. Estamos diante de algo que Deus proíbe e abomina.

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Sabemos que a lin­guagem é um meio fantástico para a comuni­cação entre as pessoas, porém é por demais perigosa. Ela pode construir, mas também pode destruir. Pode abençoar, mas também pode amaldiçoar (Tg 3.10).

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Maledicência é difamação de alguém: fa­lar mal de alguém – postura condenada por Tiago (Tg 4.11). Em lugar dis­so, devemos imitar o exemplo de seu Mestre, cujas palavras eram tão cheias de graça, que as multidões se maravilhavam (Lc 4.22)".

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Por que será que Deus proibiu a maledi­cência? Certamente porque ele sabe dos pre­juízos que ela pode causar na vida de um povo ou de uma família.
- É bom lembrar que, quan­do nosso Senhor interpreta a lei, ele introduz um novo conceito de "não matarás".
- Pode­mos trazer a morte ao nosso próximo, apenas com o mal uso de nossa língua. Tomemos cuidado, pois a maledicência mata.
2. A MALEDICÊNCIA TORNA VÃ A RELIGIÃO

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"Se alguém supõe ser religioso, deixando de refreara língua, antes, enganando o pró­prio coração, a sua religião é vã" (Tg 1.26).

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O cristão que deixa de refrear a sua língua enga­na o seu próprio coração, perdendo a auten­ticidade de sua espiritualidade.
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A espiritualidade do indivíduo e a da co­munidade cristã não se mede pela intensida­de das práticas devocionais. Não é pelo tem­po gasto com oração e jejuns. Nem mesmo peio mero conhecimento das Escrituras. Além destas práticas, a espiritualidade é evidencia­da e validada por uma linguagem sadia. Como diz Paulo, uma linguagem "agradável, tem­perada com sal, para saberdes como deveis respondera cada um" (Cl 4.6; ver também Cl 3.16).

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Euclides Martins Balanci comenta que "o verdadeiro culto é a entrega de si mesmo a Deus para viver a justiça na prática: não difa­mar o próximo".

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Toda a prática religiosa cai por terra com a prática da maledicência.



- Tiago detecta a inco­erência de uma linguagem (religiosa) que ben­diz a Deus, mas amaldiçoa os homens – cria­dos à semelhança de Deus (Tg 3.9).

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Não adi­anta ser membro assíduo de uma igreja, frequentar os cultos, ser um dizimista fiel, cantar no "louvor" da igreja. Tudo isso perde o valor e o sentido se não conseguimos refrear nos­sa língua quanto à maledicência (Tg 3.10).
3. A MALEDICÊNCIA PRODUZ CONSEQÜÊNCIAS DESASTROSAS

- Numa comunidade cristã,
uma pessoa "linguaruda" causará terríveis danos à saú­de da igreja.

- Como já foi dito, a língua tem um potencial destruidor.

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A maledicência atin­ge o ser humano por inteiro. Ela também atinge a igreja atrapalhando o seu crescimento.

- É necessário refletir sobre os pecados da língua e sobre o nosso dever de refreá-la.

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O apóstolo Pedro, citando e interpretando o Salmo 34, revela o segredo para aqueles que desejam ver dias felizes: guardar a língua do mal, ou seja, evitar a maledicência e falar sempre a verdade (I Pe 3.10).

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Destruição, intrigas, inimizades, invejas, ira, fofocas são consequências desastrosas que podem surgir numa comunidade, se não atentarmos cuidadosamente sobre a nossa maneira de falar.
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Igrejas são divididas, famí­lias são desfeitas, amizades são destruídas, guerras surgem por causa de um mal uso da capacidade de articular as palavras.

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É bom refletir antes de falar (Tg 1.19). Nossas pala­vras, se proferidas maldosamente, têm consequências desastrosas. Sejamos cuida­dosos (II Tm 2.16,17).
4. A MALEDICÊNCIA PODE SER VENCIDA
- Embora Tiago mostre que a língua
"é mal incontido, carregado de veneno mortífero" (Tg 3.8), cremos que a maledicência pode ser vencida.

- O Espírito Santo, nosso Ajudador, auxilia-nos no cumprimento dos preceitos da Lei de nosso Deus.

- Temos as Escrituras e seus numerosos ensinamentos. Sejamos
"praticantes da Palavra, e não ape­nas ouvintes" (Tg 1.22).

- Apropriemo-nos de suas verdades, de "
tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que épuro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama" (Fp 4.8). Com certeza, esta apropriação nos auxiliará a evitar come­ter o pecado da maledicência.

- Ademais, temos o exemplo maior, nosso Senhor Jesus Cristo."
Jamais alguém falou como este homem"‘(Jo 7.46).

- Aprendamos com ele, pois seu exemplo e sua vida nos garantem que a maledicência pode ser vencida.
- Nosso Senhor nunca precisou pe­dir desculpas por uma palavra mal coloca­da. Ele nunca cometeu equívocos quanto à sua fala.
CONCLUSÃO
- Portanto, concluímos que
a maledicên­cia pode ser evitada; e deve ser vencida por aqueles que têm um compromisso genuíno com o Senhor Jesus Cristo.
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Que nosso linguajar demonstre nosso fiel compromisso com o Senhor. Lembre­mos que a maledicência é pecado condena­do por Deus.

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Ela produz consequências terríveis para as pessoas nos seus relacionamentos. E, por fim, cremos fervorosamente que pode ser vencida com a preciosa ajuda do Espírito Santo de nosso Senhor.
Reflexão Pessoal
1. A sua família e igreja têm sido edificadas pelas palavras que saem da sua boca?

2. Você pensa bem antes de falar, ou é do tipo que afirma: "Quando vejo, já falei"? 0 que você deve melhorar em sua comunicação?

3. Você acha que as coisas que fala têm produzido nos não crentes uma boa impressão quanto à sua religião?