quinta-feira, 16 de abril de 2009

Sugestões, e não um estudo sobre a Homilética (Arte de Falar em Publico).


INTRODUÇÃO
Há alguns anos, o número de rapazes e moças que subiam ao púlpito para pregar era maior que o de hoje. Na sua simplicidade, falavam do amor de Deus, da Salvação e davam testemunho sob a unção do Espirito Santo. Hoje, parece que a figura do "preletor oficial" inibiu muitos de falarem com ousadia a Palavra de Deus.
Parece que há um receio de falar diante de um público que, certamente, é mais intelectualizado que há alguns anos. Jovens pregadores ficam embaraçados e cometem certos deslizes, que poderiam ser evitados. Neste modesto trabalho, vamos dar apenas algumas sugestões, e não um estudo sobre a Homilética (Arte de Falar em Publico).
I - O QUE PREGAR?
É a comunicação verbal da Palavra de Deus aos ouvintes. É a transmissão do evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo às pessoas que precisam ouvi-lo.
II - QUAL A FINALIDADE DA PREGAÇÃO?
É persuadir as pessoas a aceitarem a mensagem da Palavra de Deus para sua salvação (descrentes) ou para seu crescimento espiritual (crentes). Diante disso, o pregador precisa saber para quem esta falando: Para crentes ou para descrentes?
III - QUE DEVE CONTER A PREGAÇÃO?
Três coisas são básicas:
1. OBJETIVIDADE.
Refere-se ao alvo a atingir. Se pregamos para descrentes, desejamos que eles entendam que precisam crer em Jesus para ser salvos. Devemos orar muito, antes de pregar, para que o Espirito Santo convença as pessoas do seu pecado. Se isso acontecer, a pregação alcança seu alvo.
O centro da pregação deve ser Cristo e não o pregador, como acontece em certas cruzadas ou movimentos evangelísticos. Há pregadores que se perdem no púlpito. Começam a falar do amor de Deus, e passam a divagar sobre o Apocalipse, vão até Gênesis, aos profetas e, ao final, não sabem como sair do emaranhado de palavras. É preciso ter objetividade.
2. TRANSMISSÃO.
O pregador deve procurar transmitir a mensagem de Deus às pessoas. Paulo disse: "Porque eu recebi do Senhor o que também vos ensinei..." O mensageiro deve receber a mensagem de Deus e transmiti-la aos homens. Não deve ficar inventando mensagens, terias, filosofias para mostrar conhecimentos.
3. CONVICÇÃO.
O pregador deve transmitir aquilo de que tem convicção, para que a mensagem seja aceita. Tem que viver aquilo que prega.
IV - A BASE DA PREGAÇÃO (ou do sermão)
1. A PALAVRA DE DEUS
A base da pregação deve ser a Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada. Podemos dizer, em outras palavras que a base da pregação deve ser o TEXTO BÍBLICO . Ilustrações podem ser aproveitadas, desde que Que se relacionem com o tema da mensagem , mas não podem tomar o lugar da Palavra de Deus. Ouvimos um pregador que, não tendo êxito em "abalar" os ouvintes, apelou para uma história fantasiosa e tomou 80% do tempo destinado à mensagem.
2. QUE TEXTO ESCOLHER?
O Pr. Elienai Cabral sugere (em resumo) 8 (oito) características para um bom tema a ser escolhido )p. 50-51).
1) De preferência textos que expressem um pensamento completo;
2) Textos claros. Devem-se evitar textos obscuros como Jd 6; Mt 27.52; 1 Pe 3.19-20 (exigem estudo mais profundo).
3) Textos objetivos: que atendam às necessidades espirituais das pessoas (Com oração e unção).
4) Textos sobre os quais não haja dificuldade para a interpretação (hermenêutica).
5) Textos dentro dos limites de capacidade do pregador.
6) Textos que expressem o tema da pregação para não fugir ao objetivo.
7) Texto que desperte interesse (Com oração, o Espírito mostra o que deve ser pregado).
8) Textos cuja seqüência seja de fácil acompanhamento pelo pregador e pelo auditório.
V - A ESTRUTURA DA PREGAÇÃO ( Do sermão)
Toda pregação com esboço ou não, deve ser dividida, basicamente, em duas partes:
1. INTRODUÇÃO.
É a parte inicial da mensagem, pela qual o pregador entra em contato com o auditório. Visa despertar o interesse pela pregação; "prepara a mente dos ouvintes , para que possam compreender o assunto do sermão e as idéias a serem desenvolvidas..." (Key, p. 31).
Uma boa introdução deve ser BREVE, SIMPLES, INTERESSANTE E APROPRIADA. (Cabral, p. 66) Conhecemos um grande pregador que gasta 30 ou 40 minutos na introdução. Isso cansa, principalmente os descrentes. A introdução não deve ir além de 10 ou 15% do tempo da mensagem. (Normalmente, o pregador sabe de quanto tempo dispõe, exceto em casos especiais).
2. CORPO (ou desenvolvimento) DA MENSAGEM (Do sermão).
É a parte mais importante da mensagem. Ela deve conter a seqüência das idéias a serem apresentadas. No corpo do sermão ou da mensagem , podemos ter:
1) Ordem ou divisões (1º , 2º, 3º , etc.);
2) Transição de um pensamento para outro. As divisões devem ser de acordo com os objetivos mensagem; devem-se evitar " excesso de floreios", "rodeios", ou "conversa fiada". O povo percebe.
3. CONCLUSÃO. É o auge da pregação. O seu clímax. Nela, o pregador faz a aplicação do que pregou no corpo do sermão. Nesse momento, o pregador e o auditório, pelo poder do Espirito Santo, devem chegar à conclusão de que a mensagem atingiu seu objetivo. Sem uma boa conclusão, o que foi dito pode perder o brilho. Uma conclusão pode ser feita através de:
1) RecapituIação. O pregador deve rever o que pregou, em resumo ou tópicos, evidenciando pensamentos-chave , pontos fortes da mensagem (Cabral, p. 70).
2) Narração. O pregador pode valer-se de um fato, uma rápida ilustração para comover o auditório, levando o descrente a uma decisão, na unção do Espírito Santo.
3) Persuasão . É a parte mais difícil da conclusão. Depende muito mais do Espírito Santo do que do pregador. Por isso, toda mensagem deve ter a unção do Espírito Santo. Para tanto, o pregador precisa orar muito, e até jejuar, diante de Deus, para que a mensagem atinja seu alvo.
4) Convite. Toda pregação deve terminar com um convite ou apelo, seja para pecadores, seja para a igreja. Um convite na unção do Espírito tem maravilhoso efeito no coração das pessoas. De acordo com Braga (p. 211-212), a conclusão deve ser breve e simples, e com palavras adequadas. Um certo jovem pregou numa igreja. Ao fazer o apelo, não vendo ninguém atender, passou a contar que alguém ganhou um grande prêmio porque deu uma grande oferta para a Obra. Desviou totalmente o alvo da mensagem.
VI - TIPOS DE SERMÕES
1. SERMÃO TEMÁTICO (Ou Tópico).
É aquele "cujas divisões principais derivam do tema, independentemente do (Braga, p.17).
Exemplo: Tema: "Causas para a Oração não Respondida":
1) Pedir mal. (Tg 4.3);2) Pecado não confessado (S1 66.18); 3) Duvidar da palavra de Deus (Tg 1.6-7); 4) Vãs repetições (Mt 6.7); 5) Desobediência à Palavra (Pv 18.9); 6) Mal relacionamento conjugal (1 Pe 3.7);
2. SERMÃO TEXTUAL
É aquele em que as divisões principais do derivadas de um TEXTO constituído de UMA BREVE PORÇÃO DA BÍBLIA ( Braga, p. 30).
Exemplo: Titulo: "O Único Caminho Para Deus" (Jo 14.6).
1) Através de Jesus, o único caminho. 2) Através de Jesus, a verdade. 3) Através de Jesus, a vida.
3. SERMÃO EXPOSITIVO
É aquele em que as divisões baseiam-se numa porção mais extensa (texto) da Bíblia, não abrangendo "um só versículo, mas uma passagem, um capítulo, vários capítulos, ou mesmo um livro inteiro" (Cabral, p. 78). Nele , é mostrada (exposta) uma verdade contida num texto bíblico. Exige tempo, estudo e conhecimento bíblico.
Exemplo: Titulo: "O Cordeiro de Deus" (Ex 12. 1-13)
1) Foi um cordeiro divinamente determinado (vv. 12.1-3) 2) Foi um cordeiro perfeito (12.5); 3) Foi um cordeiro morto (12.6); 4) Foi um cordeiro redentor (12.7; 12-13); 5) Foi um cordeiro sustentador (12.8-11).
VII - QUALIDADES DO BOM PREGADOR
1. Personalidade
É o que caracteriza uma pessoa e a torna diferente de outra. "É tudo quanto o indivíduo é". Na pregação, o pregador demonstra que tem personalidade, quando se expressa, falando ou gesticulando, de acordo com aquilo que ele é e não imitando outras pessoas.
De vez em quando, percebe-se pregadores , imitando evangelistas famosos, dando gritos, pulando e correndo no púlpito, torcendo o pescoço, ajeitando a gravata, falando rouco ou estridente. Isso é falta de personalidade. É querer ser ator, imitador e não um instrumento nas mãos do Espírito Santo.
2. Espiritualidade. Nessa característica, podemos observar os seguintes aspectos:
1) Piedade.
É o sentimento de devoção e amor pelos outros e pelas coisas de Deus. O pregador deve sentir pelo Espírito as necessidades do auditório, principalmente dos pecadores. (1 Tm 4.8; Hb 12.28).
2) Devoção
É o sentimento religioso, de dedicação às práticas ensinadas na Palavra de Deus. Na devoção, o pregador busca inspirar-se na ORAÇÃO, na LEITURA DA BÍBLIA, e no LOUVAR A DEUS. Temos visto verdadeiros profissionais da pregação, técnicos, que sabem pregar, mas não sabem orar; sabem gritar, mas não sabem amar as almas.
Pregam por interesse, por torpe ganância. Que os jovens pregadores (e os antigos) não entrem por esse caminho. Conta-se que Moody, o grande evangelista, orava uma hora para pregar cinco minutos. Enquanto isso, temos pregadores que oram cinco minutos para pregarem uma hora!
3) Sinceridade
Reflete a verdade contida na própria alma. O pregador deve pregar aquilo que vive e viver aquilo que prega (Tg 2.12). Um jovem, dirigente de Mocidade, pregava bem. O povo se alegrava. Mas, um dia, uma jovem descrente procurou a direção da igreja para dizer que estava gravida dele e, o pior, o jovem não assumiu a paternidade. Por fim, confessou o pecado, foi excluído, e contribuiu para uma alma descrer do evangelho.
4) Humildade
"Nenhum pregador pode subir ao púlpito sem antes ter descido, pela oração, os degraus da humildade. Na oração, o egoísmo se quebranta. O medo se desfaz, e a certeza da vitória aparece clara como a luz do sol ao meio-dia" (Cabral, p. 43). (Ler Pv 15.33). Um jovem vivia criticando quem ia pregar, dizendo que, se fosse ele, pregaria muito melhor. Um dia, o pastor deu oportunidade ao moço para pregar.
Ele subiu ao púlpito, orgulhoso, sorridente. Tentou achar um texto na Bíblia, de um lado para outro, e nada. Suou, pediu desculpa, e desceu cabisbaixo. Sentou noutro lugar, junto a um irmão experiente, que, percebendo sua tristeza, disse: "Moço, se você tivesse subido como desceu (humilde), teria descido como subiu (alegre)". E uma grande lição para todo pregador.
5) Poder
O pregador (jovem ou não) precisa do Poder de Deus. S. Paulo disse que não pregava sabedoria humana, mas com poder (1 Co 1.4-5). É preciso ter unção e graça para pregar. Do contrário, ocupa-se o púlpito e o tempo para dizer coisas inoportunas. E melhor um sermão fora da Homilética, mas na unção de Deus, do que dentro da técnica, e sem poder. Isso só se consegue com oração, jejum, leitura bíblica, e vida consagrada. Não se obtém num curso de Homilética.
BIBLIOGRAFIA
BRAGA, James. como preparar mensagens bíblicas. S. Paulo, Ed Vida, 1993.
CABRAL, Elienai. O pregador eficaz. Rio, CPAD, 1983.
KEY, Jerry Stanley. José da SiIva, um pregador leigo. Rio, JUERP, 1978. (Natal, 7 de abril de 1995)

sábado, 11 de abril de 2009

A superiorioridade da mensagem da Cruz


“Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem mais para nós que somos salvos é o poder de Deus"(1 Co.1.18)
Quando se prega o Evangelho genuíno o resultado é bastante positivo. O apostolo Paulo aqui deixa claro para igreja de corinto que o evangelho deveria ser pautado na cruz de Cristo e que se este evangelho fosse pregado usando meios filosóficos não teria o mesmo valor, até porque por estes meios já havia uma especulação tremenda e quanto mais procuravam entender mais ficava complicado. Em minha opinião o evangelho deve ser pregado com graça, unção e muita simplicidade, porém sem superficialidade, como era a fórmula da pregação do Apostolo Paulo. Em nossos dias vemos muitas complicações na pregação do evangelho, muitos falsos pregadores usando o nome de Cristo apenas para se enriquecerem, hoje mesmo vi na televisão um “pregador” em praça publica solicitando de fieis ofertas de cinqüenta reais acima e foi baixando até chegar a um real, e o que mais me deixou triste é que este “pregador” ainda fazia piadinhas em cima do palco sobre a oferta e seus seguidores. Na verdade está faltando na vida de muitos Cristãos o discernimento espiritual para sentirem quando a pregação é genuína ou não. A genuína pregação bíblica deve ser centrada unicamente na pessoa de Cristo e sua morte na Cruz. Cristo deve ser o principio, meio e fim da pregação Cristã. O apostolo Paulo disse que o evangelho de Cristo é o poder de Deus para salvação daquele que crer. É preciso principalmente nestes dias de apostasia esclarecer que a verdadeira pregação deve ser feita com a sabedoria que vem de Deus, porque a sabedoria humana pode trazer uma serie de complicações, pois ela é baseada no conhecimento parcial enquanto a sabedoria de Deus é infinita, a sabedoria humana produz orgulho e a de Deus produz humildade, a humana produz inveja e egoísmo a de Deus produz amor e imparcialidade, a sabedoria humana produz toda sorte de práticas ruins, a de Deus é pura, cheia de misericórdia e produz bons frutos. O que quero deixar claro que a palavra da Cruz aqui é a cruz de Cristo, que não é qualquer cruz é a cruz de Cristo que mostra todo sofrimento de Cristo para que o homem alcançasse a expiação dos pecados, a redenção, a reconciliação, o perdão e a remoção da maldição da lei conforme registrou o Apóstolo Paulo em sua carta aos Romanos no capitulo três e versículos vinte e quatro e vinte cinco.“Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus. Ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus”; quando se prega a mensagem da cruz de Cristo toda sabedoria humana ou filosofia ficam aniquiladas. Deus tem compromisso com sua palavra e é claro “a palavra da cruz que é loucura para os que perecem mais para nós que somos salvos é o poder de Deus”. Portanto a mensagem da Cruz de Cristo supera toda capacidade humana em palavras de sabedoria em todos os tempos, lugares e assuntos, nossa fé não deve ser baseada em discursos sem fundamentos e não pode ser especulada por exploradores mais deve estar no poder de Deus revelado através da obra consumada na cruz de Cristo Jesus. Que Deus nos envolva com sua Graça e que a cada dia possamos através do Espírito Santo compreender e amar cada dia mais esta mensagem da Cruz conforme o hino de nossa Harpa Cristã “Sim eu amo a mensagem da cruz, te morrer eu a vou proclamar, levarei eu também minha cruz te por uma coroa trocar”. Que Deus lhe abençoe.
Pastor Agamenon Lima

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Comentário de minha amiga Marlene sobre o tema que escrevi: "BENÇÃO OU MALDIÇÃO EIS A QUESTÃO"


Achei importantissimo este comentário e resolvi Publica-lo.


Marlene disse...
Quando medito nesta mensagem, sinto-me até um pouco indignada, ao lembrar que existem tantas pessoas declarando-se cristãs, porém, mentindo,com o seu mal testemunho de vida. Jesus nos deixou bem claro em seus ensinamentos, quando disse:" Abençoai e não amaldiçoeis". Como podemos afirmar que somos cristãos, se não obedecemos os ensinos de Jesus? Infelizmente,vemos dentro das igrejas, pessoas exercendo cargos importantes e praticando atos desagradáveis aos olhos de Deus. Lembremos do profeta Balaão, que teimava em querer amaldiçoar o povo de Deus. Ele estava tão cego espiritualmente, que não viu o anjo na sua frente, que fora emviado por Deus pra impedí-lo de cometer tamanha loucura! Foi necessário Deus dar vóz à jumenta, para lhe falar, pra que ele acordasse do sono do seu pecado. Vejam bem! A jumenta viu o anjo na sua frente, porisso não dava mais nem um passo, mas ele cego pelo pecado, a espancava. Só depois que ele pôde entender que o próprio Deus o proibia de cometer aquele tão grande pecado! Será que nos nossos dias, será preciso Deus usar uma jumenta, ou coisa parecida, para que as pessoas acordem? Quantos profetas de Deus que ao invésdabençoar o povo, estão lançando palavras de maldição! Essa atitude é tão grave quanto qualquer outro pecado, pois se Jesus nos ensinou a abençoar e não amaldiçoar, toda a desobediência, sofrerá uma justa punição e se não houver arrependimento, com certeza, influenciará até mesmo na salvação. Na epístola de Tiago, a palavra nos diz que a língua é um fogo e como mundo de iniquidade, porque com ela bendizemos a Deus e Pai e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus. De uma mesma boca, procede bênção e maldição. Porventura, pode uma mesma fonte fluir água doce e água amargosa? Pensemos, então, queridos, que a coisa é mais séria do que pensamos!
1 de Março de 2009 12:43